A chegada do novo ano também marca o início de uma nova campanha, o 'Janeiro Seco'. O desafio é claro: 30 dias sem consumir álcool.

Refletir sobre a ingestão de bebidas alcoólicas é relevante, ainda mais nos casos em que há excesso. A comunidade científica passou a utilizar o termo "consumo de alta intensidade" para descrever  episódios de consumo excessivo e concentrado, que são associados a efeitos mais graves, como apagões e intoxicações. A Pesquisa Nacional de Álcool define essa prática como a ingestão de pelo menos oito bebidas em uma única ocasião nos últimos 12 meses. 

Os dados mais recentes do estudo revelam que, enquanto o consumo de alta intensidade diminuiu entre os jovens adultos, ele aumentou entre homens com 30 anos ou mais e mulheres entre 18 e 64 anos. Essa tendência é perigosa, pois beber oito ou mais drinques em pouco tempo pode elevar o nível de álcool no sangue para mais de 0,2%, aumentando drasticamente o risco de acidentes, overdose e até mesmo morte. 

As consequências do consumo de alta intensidade vão além dos danos à saúde individual. Esse tipo de consumo está associado a uma série de problemas sociais, como agressões físicas, acidentes de trânsito, danos materiais e problemas de relacionamento. Além disso, estudos indicam que a expectativa de se tornar mais sociável e se divertir com os amigos é um dos principais motivadores para o consumo excessivo de álcool entre os jovens.

É importante ressaltar que o consumo de alta intensidade não se limita a um grupo específico da população. Adultos de meia-idade e idosos também relatam essa prática, muitas vezes como forma de lidar com o estresse.

Importante: Vale ressaltar que esse desafio não precisa ser individual. É fundamental que pessoas com dependência de álcool busquem acompanhamento especializado.

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