Rolar a tela do celular por horas a fio, consumindo conteúdos banais e sem perceber o tempo passar. Se você se identificou, há uma expressão para isso: "brain rot". A tendência é tão presente em nosso cotidiano que se tornou a palavra de 2024, segundo o Dicionário de Oxford.
Mas o que significa "brain rot"? Em tradução livre, a expressão pode ser entendida como "cérebro apodrecido" ou "atrofia cerebral". De acordo com o dicionário, a expressão descreve um declínio nas habilidades mentais e intelectuais, atribuído ao hábito de consumir grandes quantidades de conteúdo online que não exige esforço mental.
Embora a expressão tenha se tornado popular recentemente, a ideia por trás dele não é nova. O escritor Henry David Thoreau já utilizava uma expressão similar em seu livro "Walden, ou A vida nos bosques" no século XIX, para criticar a tendência da sociedade de simplificar ideias complexas.
A popularização do termo "brain rot" nos alerta para a necessidade de refletir sobre nossos hábitos de consumo de conteúdo. A constante busca por novidades e distrações virtuais pode nos levar a uma sobrecarga de informações e prejudicar nossa capacidade de concentração e de pensamento crítico.
Um estudo do psicólogo Richard Wiseman revela que quase 90% das resoluções de ano novo não saem do papel. A famosa "síndrome da segunda-feira" nos sabota mais vezes do que gostaríamos de admitir.
Planejar é essencial, mas a ação é o que transforma ideias em realidade. A sabedoria hindu nos ensina que a intenção pode nos guiar para o futuro, mas é a atenção no presente que materializa nossas conquistas.
Talvez o problema esteja em nossa relação com o tempo. Frequentemente, nos apegamos ao passado ou projetamos nossas expectativas no futuro, deixando de viver o presente. O filósofo Dzongsar Khyentse Rinpoche nos lembra que, com o tempo, não encontramos as respostas, mas sim perguntas mais inteligentes. Isso significa que a jornada da vida é um processo contínuo de aprendizado.
O budismo nos ensina que a realidade reside no momento presente. A impermanência, princípio fundamental dessa filosofia, nos revela a natureza transitória de todas as experiências: tudo está em constante fluxo. Ao reconhecer essa verdade, libertamo-nos da prisão do sofrimento, cultivada pelo apego e aversão. Essa libertação nos permite transcender o tempo, vivendo cada momento sem nos prender ao passado ou ao futuro. A prática da atenção plena, central ao budismo, nos permite vivenciar cada instante com clareza e sabedoria.
A física nos oferece outra perspectiva sobre o tempo. Um segundo equivale a 9.192.631.770 oscilações de um átomo de césio-133. Nesse momento, a vida acontece.
Marcelo Gleiser, conceituado físico, foi a fonte desse aprendizado. Para ele, o tempo é uma medida de mudança. Cada segundo é único, não se repete. Nossa percepção do tempo, no entanto, é subjetiva e depende de como vivenciamos cada momento. Quando estamos engajados em uma atividade que nos interessa, o tempo parece passar mais rápido. Por outro lado, no tédio, os ponteiros do relógio se arrastam.
Tal reflexão nos leva a uma importante pergunta: estamos realmente vivendo o presente? Al Pacino, após o lançamento do filme O Poderoso Chefão, recebeu enorme destaque. O ator descreveu a sensação como "seu dia ao sol". A vida é feita de momentos únicos, e cada um de nós tem a capacidade de criá-los. Que a chama da realização acenda em cada um de vocês. O contentamento é a recompensa de uma jornada ativa.
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Você já se perguntou como algumas ideias e opiniões parecem prevalecer nas redes sociais, muitas vezes moldando debates e influenciando decisões? A resposta pode estar em uma técnica conhecida como "avalanche de consenso", desenvolvida há quase três décadas por Gianroberto Casaleggio, um ex-engenheiro da Olivetti. O tema foi debatido em coluna recente do jornalista Pedro Doria.
A premissa é simples: ao controlar um pequeno número de perfis falsos, é possível influenciar a opinião pública em grande escala. Ao inundar as redes sociais com mensagens e comentários direcionados, esses perfis criam a ilusão de um consenso generalizado em torno de determinado assunto. A psicologia humana entra em jogo: tendemos a concordar com o que parece ser a opinião da maioria.
Essa técnica se aproveita da nossa tendência a formar "bolhas" nas redes sociais, nas quais somos expostos principalmente a conteúdos que corroboram nossas crenças pré-existentes. Ao manipular essas bolhas, é possível reforçar vieses e polarizar debates.
Mas como isso funciona na prática? Agências especializadas podem ser contratadas para coordenar campanhas de desinformação, utilizando múltiplos perfis falsos para disseminar notícias falsas, teorias da conspiração e ataques. Ao criar uma onda de posts negativos sobre um indivíduo ou uma ideia, essas agências podem minar a reputação de seus alvos e influenciar a opinião pública.
E como você pode evitar isso? Para navegarmos de forma autônoma pelas complexidades da era digital, é fundamental cultivar o senso crítico. Ao cultivar a habilidade de questionar, buscar diferentes pontos de vista e desconfiar de informações que geram emoções fortes, fortalecemos nossa autonomia e tomamos decisões mais assertivas.
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O período de festas de fim de ano, marcado por celebrações familiares, também coincide com um aumento no consumo. O problema central reside na cultura do consumo por desejo, e não por necessidade, fomentada pela publicidade que vende estilos de vida e valores simbólicos. Para uma compreensão aprofundada de como as marcas são construídas e dos métodos de sedução e convencimento utilizados pela publicidade, o documentário The Persuaders é uma excelente recomendação (assista online).
Essa cultura afeta drasticamente as crianças, transformando-as em consumidoras antes mesmo de desenvolverem plena cidadania. A legislação brasileira, menos rigorosa em relação à publicidade infantil quando comparada a outros países, agrava essa situação.
A psicóloga Rosely Sayão já constatou a dificuldade das crianças em reconhecerem e valorizarem os presentes que já possuem, enquanto demonstram grande facilidade em listar desejos de consumo. O saudoso Contardo Calligaris, por sua vez, utiliza o termo "criançultos" para descrever a infantilização do consumidor, fruto de um amor parental que gera indivíduos com baixa tolerância à frustração e busca por gratificação instantânea.
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No topo do post, o ótimo documentário Criança, a Alma do Negócio, dos cineastas Estela Renner e Marcos Nisti. Outra boa pedida sobre o tema é conferir o documentário A história das Coisas.
Em um mundo cheio de possibilidades, o psicólogo Barry Schwartz nos faz pensar sobre o quanto escolher pode ser difícil. Para ele, acreditar que ter muitas opções traz mais liberdade e bem-estar é uma ilusão. Isso, na verdade, pode nos deixar paralisados e insatisfeitos.
Basta ver a quantidade de opções diferentes nos supermercados, lojas de eletrônicos, tratamentos de saúde e até mesmo nas nossas vidas pessoais para entender como isso pode gerar indecisão e frustração. Inclusive, a busca pela perfeição e a constante comparação com alternativas imaginadas, segundo o autor, intensificam a possibilidade de arrependimento, mesmo diante de boas decisões.
PS - Essa é a primeira palestra TED que vejo em que o convidado está de calção. Uma boa escolha.
Em um mundo cada vez mais conectado, no qual as informações e as ofertas estão a um clique de distância, surge um novo hábito: o dreamscrolling.
O termo, que pode ser traduzido como "sonhar rolando a tela", define o ato de imaginar a compra de algum produto ou experiencia, navegando por sites, aplicativos e redes sociais.
Um estudo da empresa de serviços financeiros Empower revelou que esse comportamento está se tornando cada vez mais comum, especialmente entre os norte-americanos.
A pesquisa indica que, em média, as pessoas passam 2,5 horas por dia explorando as vitrines virtuais e alimentando sonhos de consumo.
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"Se você se apega a uma crença, é difícil ver a evidência contrária e reconhecer que está equivocado. Se é capaz de reconhecer o erro, o próximo passo é admiti-lo publicamente, o que envolve outras apostas: serei humilhado, as pessoas aceitarão o erro, terei de pagar por isso? Por razões culturais, associamos erro a estupidez, irresponsabilidade, preguiça ou falta de esforço."
Kathryn Schulz, no livro "Por que Erramos?", nos mostra como o erro é fundamental para o aprendizado. Ao errar, somos forçados a reavaliar nossas ideias e a construir novas perspectivas. Já o acerto, por confirmar nossas crenças, muitas vezes impede que busquemos novas informações e evoluamos.
Para ela, erramos porque nossos sentidos nos enganam. Ilusões de ótica e a cegueira automática demonstram como percepções podem estar equivocadas. Além disso, somos seres sociais e nossas crenças são moldadas pelas pessoas ao nosso redor. Essa combinação de fatores nos torna suscetíveis a erros de julgamento.
A autora defende que há diferentes tipos de erros. Em alguns, há negligência ou má intenção. Nesses casos, o perdão não anula a responsabilidade pela ação.
Schulz salienta que o problema não está em errar, mas em como lidamos com isso. Insistir em estar certo, mesmo diante de evidências contrárias, pode gerar conflitos e prejudicar relacionamentos. É a negação do erro, e não o erro em si, que causa danos.
A falibilidade humana é inerente a qualquer atividade. A distinção entre o certo e o errado pode ser complexa e mutável ao longo do tempo. A atribuição de culpa a indivíduos, em detrimento da análise sistêmica, dificulta a identificação das causas profundas dos erros e a implementação de medidas corretivas eficazes.
O problema é que a vida digital potencializou a necessidade da retidão. O êxito (externo) vira cobrança pessoal. A conquista só é válida quando desperta a atenção dos demais. A atitude, tão louvada no discurso, só vale quando legitimada pelo coletivo. A virtude requer plateia.
A forma como construímos relacionamentos está em constante evolução. E a China nos apresenta mais uma novidade: o DaZi. Essa expressão, que significa algo como "companheiro", se refere a um tipo de amizade por conveniência, no qual as pessoas se juntam para atividades específicas sem o compromisso de um vínculo mais profundo.
Imagine encontrar alguém online para ir ao cinema, fazer um curso ou simplesmente bater um papo. Essa é a essência do DaZi. É como pedir um amigo sob demanda, para compartilhar momentos específicos sem se preocupar com a dinâmica de uma amizade tradicional.
O objetivo do DaZi é estabelecer uma conexão social temporária, sem implicações emocionais ou obrigações posteriores. Ou seja, o relacionamento é encerrado após a conclusão da atividade em questão.
De acordo com uma pesquisa da plataforma Soul, os principais interesses dos usuários do DaZi são: gastronomia (49,4%), eventos culturais (43,7%) e atividades físicas (27,4%).
Por que o DaZi está se popularizando?
- Flexibilidade: O DaZi oferece liberdade para as pessoas se conectarem sem rótulos ou expectativas.
- Praticidade: É uma forma rápida e fácil de encontrar companhia para diversas atividades.
- Geração Z: Essa nova geração, que nasceu a partir de 1997, valoriza experiências e conexões mais leves e descompromissadas.
Os desafios do DaZi:
- Falta de profundidade: As relações baseadas no DaZi podem ser superficiais e descartáveis, o que pode levar a sentimentos de vazio e solidão.
- Isolamento: A busca constante por novas conexões pode dificultar o desenvolvimento de amizades mais sólidas e duradouras.
- Falta de compromisso: A ausência de vínculo pode gerar insegurança e desconfiança nas relações.
A tecnologia, desde a mais primitiva ferramenta até a sofisticada inteligência artificial, molda nossas vidas e define quem somos. A cada era tecnológica, surge uma nova geração com uma relação única com esses recursos. Tentar compreender como a próxima geração se relacionará com a tecnologia é o tema desse ótimo artigo. O texto foi escrito por Stephanie Jorge, publicitária com pós-graduação em ciência de dados pela USP e fundadora do Torabit, serviço de monitoramento e gestão de presença digital, e Caio Túlio Costa, jornalista, doutor em comunicação pela USP e também fundador do Torabit.
Os autores diferenciam três grupos, os nativos analógicos, digitais e algorítmicos (ou geração sintética). Os "nativos analógicos" experimentaram uma transição para o mundo digital. Aprender a usar um computador ou navegar na internet foi um processo de adaptação para eles. Por isso, eles tendem a valorizar mais as interações humanas e dão maior importância ao equilíbrio entre mundo virtual e real.
Já os "nativos digitais" cresceram imersos em um ambiente tecnológico. Smartphones, computadores e internet são extensões de suas vidas. Essa familiaridade com a tecnologia os torna ágeis e adaptáveis, mas também os expõe a novos desafios, como a dependência digital e a sobrecarga de informações.
No entanto, a evolução tecnológica continua em ritmo acelerado. A inteligência artificial (IA) está transformando todos os setores da sociedade, e a próxima geração, os "nativos algorítmicos", crescerá em um mundo no qual a IA estará presente em todos os aspectos da vida. A IA moldará suas experiências de forma personalizada, desde a educação até as relações sociais. Algoritmos ajustarão seus processos de aprendizado, suas interações e até mesmo suas escolhas, tornando a tecnologia um elemento ainda mais intrínseco de suas vidas.
Em relação à comunicação, a geração sintética poderá experimentar uma realidade linguística diferente. A fusão com a IA pode levar a um discurso gramaticalmente correto. No entanto, essa evolução levanta questões sobre a identidade humana. Se nosso pensamento, comportamento e expressão forem moldados por algoritmos, até que ponto manteremos nossa individualidade?
"A experiência humana, com todas as suas contradições e incertezas, é marcada justamente pelo erro, pela imprevisibilidade, pela tentativa. Se cada palavra, cada gesto for calibrado para a versão 'ideal', o que será feito de nossa autenticidade? A geração sintética terá uma voz híbrida, uma fusão do humano com o algoritmo."
O texto conclui que os nativos algorítmicos poderão dominar uma linguagem mais precisa e elaborada, mas correm o risco de perder a espontaneidade e a imprevisibilidade que tornam a comunicação humana tão rica e variada. A busca pela perfeição linguística pode levar a uma padronização da expressão, diminuindo o espaço para a criatividade e a originalidade.
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Antes, jovens adultos pareciam ter uma idade biológica mais avançada que sua idade cronológica. Hoje, parece ocorrer o inverso. Essa mudança inspirou um texto no jornal O Globo.
Já se questionou como lida com seus próprios erros? No livro 'Sem Tempo a Perder', a monja Pema Chödrön nos ensina que a autocompaixão é fundamental para superarmos nossos equívocos.
Vivemos em uma sociedade que valoriza a perfeição. Para perpetuar essa visão, muitas vezes tendemos a esconder nossos tropeços, seja de nós mesmos ou dos outros. Para Chödrön, encarar as falhas com honestidade pode ser a chave para o crescimento pessoal.
Ao invés de nos condenarmos a um ciclo de autocrítica, Chödrön recomenda cultivar uma atitude de autocompaixão, no qual reconhecemos nossos deslizes, mas sem carregar o peso da culpa. Essa prática, conhecida como confissão, permite liberar a autodecepção, abrindo espaço para a mudança. Em síntese, confissão é sobre abraçar nossa humanidade e aprender com nossas experiências.
Essa reflexão deveria ecoar na vida digital. A internet, com sua constante vigilância e julgamento, muitas vezes nos induz a construir uma persona perfeita. No entanto, a verdadeira jornada está em reconhecer nossas falhas e trabalhar para superá-las. A autorreflexão, embora desafiadora, é fundamental para a evolução pessoal: “Podemos admitir para nós mesmos que pela nossa ignorância fizemos o mal sem estarmos presos nas definições de ‘ser mal’” (Dzigar Kongtrul, mestre do budismo tibetano).
A internet é um ambiente em constante evolução, no qual os conceitos de certo e errado são fluidos. Erramos, aprendemos e crescemos juntos. Por isso, periodicamente analiso minha presença online.
A jornada é longa, mas cada passo nos aproxima de uma presença online mais autêntica e significativa. Até porque, ao refletir sobre nossos passos, podemos descobrir novas rotas: "Com o passar do tempo, não é que você encontra as respostas, mas suas dúvidas ficam mais inteligentes." (Dzongsar Khyentse Rinpoche).
Além disso, ao identificar nossos equívocos, reconhecemos que fazemos parte de uma comunidade e que nossos atos impactam os outros. Ademais, ao nos mostrarmos imperfeitos, encorajamos os outros a fazerem o mesmo.
Posto isso, identifiquei alguns pontos que preciso melhorar em minha jornada digital.
- Consistência: A falta de atualização regular são problemas que perduram.
- Qualidade do conteúdo: Publico muito conteúdo "beta", rascunhos que poderiam ser mais elaborados e bem escritos.
- Interação: Preciso melhorar minha capacidade de dialogar com os leitores, respondendo a comentários e perguntas de forma mais ágil e completa.
- Foco: Opinar instantaneamente, por vezes, me leva a discussões superficiais e a reações impulsivas. É preciso mais reflexão e menos reatividade.
- Conteúdo local: Apesar de não abordar apenas temas internacionais, sinto falta de um olhar mais aprofundado sobre a realidade brasileira.
Um extenso estudo da revista The Lancet Public Health alerta para a necessidade urgente de regulamentação mais rigorosa das bets. A pesquisa revela que a facilidade de acesso a cassinos online e apostas esportivas está levando a um aumento significativo de casos de vício em jogos de azar, especialmente entre jovens.
Os dados da pesquisa são superlativos: cerca de 46,2% dos adultos e 17,9% dos adolescentes em todo o mundo apostaram no último ano. A pesquisa aponta que o hábito de apostar atinge uma parcela significativa da população mundial, com estimativas sinalizando que cerca de 450 milhões de pessoas se envolvem nessa prática. Estima-se que 80 milhões de pessoas sofram com algum tipo de distúrbio relacionado ao jogo.
As apostas online são promovidas de forma agressiva e as empresas do setor buscam influenciar as políticas públicas para proteger seus interesses, aponta o estudo. No entanto, ao contrário de outros produtos que possuem restrições, como álcool e tabaco, as apostas online não têm limites físicos e estão disponíveis 24 horas por dia, o que aumenta o risco de dependência.
Assim como ocorre em relação a outras substâncias nocivas, o estudo conclui que as apostas representam um sério risco à saúde pública e exigem políticas de controle e prevenção.
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O perfil do apostador brasileiro está cada vez mais definido: jovens (40% têm de 18 a 29 anos), de baixa renda e com dívidas. Nos últimos sete meses, 25 milhões de brasileiros se tornaram apostadores. A pesquisa do Instituto Locomotivas revela que 79% dos apostadores estão nas classes C, D e E, e 2/3 têm o nome inscrito em cadastros de inadimplentes.
O trabalho também pinta um quadro claro da rotina dos apostadores: 7 em cada 10 apostam mensalmente. O objetivo financeiro é evidente, com 53% buscando lucrar. Contudo, a realidade é mais complexa, com 45% relatando prejuízos. A pesquisa revela um ciclo vicioso, com 67% dos apostadores reinvestindo seus ganhos e 33% recorrendo a outras fontes de renda para manter o hábito.
Ainda piora. Especialistas apontam, segundo reportagem da Folha, que a demanda por tratamento para dependência em jogos de azar ultrapassa a capacidade de atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que atende pessoas com vício em ludopatia.
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