A Capes, órgão responsável pela avaliação dos programas de pós-graduação no Brasil, anunciou uma importante mudança em sua metodologia de avaliação da produção científica. A partir do ciclo 2025-2028, o foco deixará de ser o periódico em que o artigo foi publicado e passará a ser a qualidade intrínseca do próprio artigo.

Até então, a avaliação da produção científica se baseava na classificação dos periódicos, conhecida como Qualis Periódicos. Essa classificação, que variava de A1 a B4, considerava o impacto geral da revista e não necessariamente a qualidade individual de cada artigo. Assim, um artigo de excelente qualidade, publicado em uma revista de menor impacto, poderia receber uma classificação inferior a outro artigo, mesmo que este último fosse menos relevante.

Com a nova metodologia, a avaliação será mais abrangente e levará em consideração diversos critérios, como a relevância da revista e do artigo, o número de citações, a indexação em grandes bases de dados e a qualidade do trabalho em si. 

A alteração na metodologia deve beneficiar a comunidade acadêmica brasileira. Ao eliminar a desvantagem das revistas nacionais, que frequentemente obtinham classificações inferiores devido a fatores como limitação da rede de pesquisa devido ao idioma, a nova abordagem impulsionará a produção científica nacional. 

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