Há um mês fui ao circo. Dentre as atrações, quem me impressionou foi o palhaço. Ele, que constantemente aparecia entre as demais atrações, voltou para o ato final: o globo da morte. Confesso que seu sorriso soou diabólico no novo contexto, ainda mais porque destoava do semblante casmurro dos demais destemidos que o acompanhavam.
Depois percebi: não há nada de errado com a versatilidade do riso do profissional cômico. Sorrir, quando não é uma manifestação de escárnio, sempre é apropriado. Como pregam os budistas, mesmo quando você não pode mudar a realidade, é possível mudar sua reação diante da adversidade.
Para quem achou 2012 uma piada de mau gosto, o novo ano abre novas oportunidades. Daqui para a frente, sejamos palhaços, capazes de zombar da tristeza e de despertar sorrisos de satisfação. O sonho infantil de fugir com o circo não é mais necessário; podemos criar nossa trupe circense.
Que 2013 sorria para todos!