Uma banda de rock mexicana. Esse texto já perdeu metade dos possíveis leitores. Um grupo que mescla influências estrangeiras com sons regionais. As chances desse texto continuar a ser lido vão minguando cada vez mais. E ainda nem mencionei que o som deles tem temática social. Golpe final: a banda ganhou alguns prêmios no Grammy Latino de 2004.
Tudo começa a mudar quando se cita alguns dos produtores desse disco: Dave Fridmann (The Delgados, Flaming Lips, Mogwai, Mercury Rev) e Andrew Weiss (Ween, Rollins Band).
Há, na discografia do Café Tacuba, discos como “Reves/YoSoy”, um álbum duplo, com um lado só de experimentações, e “Avalancha de Êxitos”, um disco de covers de músicas tradicionais mexicanas.
Ou seja, o grupo segue vários ritmos (rock, punk, reggae etc.). Ainda cabe na mistura orquestrações, elementos eletrônicos etc.
Ou seja, o grupo segue vários ritmos (rock, punk, reggae etc.). Ainda cabe na mistura orquestrações, elementos eletrônicos etc.
Essa miscelânea sonora é encontrada em “Cuatro Caminos”, disco mais recente deles. O título já aponta a multiplicidade de direções, bem como explicita a temática social da banda. O nome do disco refere-se a uma estação de metrô que liga Cidade do México à periferia.
Há, por certo, um quê de extravagância na atitude deles. Rubén Albarrán, vocalista da banda, assina como Elfego Buendía nesse disco, uma referência ao livro “Cem Anos de Solidão”.
As melhores faixas? Várias. Citaria “Soy o Estoy”, “Recuerdo Prestado” (lembra The Clash) e “Cambio y vereda”. A melhor de todas é a suave “Eres”.
Para escutar um trecho das canções, clique aqui.