O perfil do apostador brasileiro está cada vez mais definido: jovens (40% têm de 18 a 29 anos), de baixa renda e com dívidas. Nos últimos sete meses, 25 milhões de brasileiros se tornaram apostadores. A pesquisa do Instituto Locomotivas revela que 79% dos apostadores estão nas classes C, D e E, e 2/3 têm o nome inscrito em cadastros de inadimplentes.
O trabalho também pinta um quadro claro da rotina dos apostadores: 7 em cada 10 apostam mensalmente. O objetivo financeiro é evidente, com 53% buscando lucrar. Contudo, a realidade é mais complexa, com 45% relatando prejuízos. A pesquisa revela um ciclo vicioso, com 67% dos apostadores reinvestindo seus ganhos e 33% recorrendo a outras fontes de renda para manter o hábito.
Ainda piora. Especialistas apontam, segundo reportagem da Folha, que a demanda por tratamento para dependência em jogos de azar ultrapassa a capacidade de atendimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que atende pessoas com vício em ludopatia.
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