"Quando os padrões conspiram, reagimos em pensar. E essa reação nem conta como uma decisão. Se percebermos a oportunidade de fazer a escolha consciente, a questão é: como tomar a melhor decisão possível?"

Esse questionamento é feito pelo investidor Shane Parrish em seu livro "Pensamento eficaz: Como transformar situações cotidianas em resultados extraordinários".  

Ao contrário da maioria dos títulos sobre raciocínio, que se concentram na racionalidade, esta obra propõe uma abordagem que reconhece o papel crucial do subconsciente na tomada de decisões. O autor argumenta que a maioria dos erros de julgamento deriva do fato de que nosso subconsciente muitas vezes assume o controle, levando-nos a agir de forma irracional.

Para Shane, a tomada de decisão depende da avaliação das opções disponíveis. O processo possui quatro etapas: Definir o problema; analisar possíveis soluções; avaliar as opções e fazer o julgamento e levar a efeito a melhor opção. Na sequência, explico o que compreende cada etapa:

1. Identificação do problema

  • Precisão: É crucial definir exatamente qual é o problema. Um entendimento claro do problema ajuda a direcionar todos os esforços subsequentes.
  • Contexto: Coletar informações detalhadas sobre o ambiente e as circunstâncias que cercam o problema. 
  • Perguntas importantes: Formular questões que desafiem suposições e preconceitos para obter uma visão mais precisa do problema.

2. Exploração de soluções

  • Diversidade de abordagens: Utilizar diferentes teorias e modelos para ver o problema sob várias perspectivas, incluindo as áreas de economia, psicologia e matemática.
  • Análise crítica: Examinar dados e informações com um olhar crítico, considerando causas, efeitos e evitando erros de lógica.
  • Inovação: Ser criativo ao pensar em possíveis soluções. Explorar ideias não convencionais e diversas abordagens para resolver o problema.

3. Avaliação das opções

  • Comparação detalhada: Listar os pontos positivos e negativos de cada solução para entender melhor suas implicações.
  • Estimativa de resultados: Avaliar as chances de sucesso e possíveis falhas de cada opção. Considerar diferentes cenários e suas consequências.
  • Impacto a longo prazo: Analisar como cada solução pode afetar o futuro e os diferentes aspectos envolvidos, tanto em curto quanto em longo prazo.

4. Tomada de decisão e execução

  • Escolha fundamentada: Tomar a decisão final com base em uma análise aprofundada, combinando dados, lógica e intuição.
  • Plano de ação: Desenvolver um plano concreto e detalhado para implementar a solução escolhida, definindo etapas, prazos e responsabilidades.
  • Monitoramento e ajuste: Acompanhar os resultados e estar preparado para fazer ajustes conforme necessário. A tomada de decisão é um processo dinâmico que pode exigir mudanças à medida que novas informações surgem.

Essa orientação busca proporcionar uma abordagem estruturada para a tomada de decisões, promovendo a eficácia e minimizando os riscos.

Imagem via Flickr