"Esta parte de mim cresceu durante todos esses anos e foi mais importante para o meu equilíbrio do que eu pensava. Agora é esse lado que quero expressar e desenvolver. Então, para mim, é algo muito íntimo, não é um hobby. É uma maneira de me tornar completa"
Após o sucesso do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, 2001), Audrey Tautou passou a se dedicar com mais afinco à fotografia. Foi uma forma de construir um álbum pessoal, em paralelo à imagem pública. Desde então, a atriz não sai de casa sem uma câmera.
A ênfase são os autoretratos, registrados “com o sentimento que tenho quando sou observada por alguém que não conheço“. A artista cita como influências Martin Parr, Brassaï, Nan Goldin, André Kertész e Francesca Woodman.
Algumas imagens tentam preservar o calor do momento, sem muita produção. Em outras, ela utiliza figurinos, elabora a iluminação. Em nenhuma delas é realizado qualquer tipo de pós-produção.
Ao contrário da onipresença dos selfies, seus 15 anos de autoretratos permaneciam fora do alcance do público. Audrey Tautou abriu, pela primeira vez, seu acervo pessoal, na edição desse ano do festival Rencontres d’Arles.